A Cuca que conhecemos no Brasil, contada por tradições e pelos livros de Monteiro Lobato, não é um personagem da Cultura Brasileira.
Portugal:
A lenda e o ser místico, tem sua origem em Portugal.
Sua forma original como sendo um bicho papão, um senhora de muita idade que de tão transfigurada aparece para as crianças com cabeça de jacaré do qual sua cabeça saia um luz de fogo. E em terras portuguesas é conhecida como Coca.
O bicho-papão ou a bruxa, como também é chamada em algumas regiões de Portugal, é um ser cruel que rapta crianças para se alimentar delas.
Espanha:
Coca ou Coco: Também é citada em algumas regiões da Espanha. Ela caminha pelas ruas no feriado cristão de Corpus Christi, para realizar diferentes tipos de maldades, entre elas comer pessoas.
A Coca vai muito além dos contos, passa a inspirar artistas e aparece em obras de arte.
Goya – 1799:
Goya produziu um quadro chamado Que viene el Coco, representando a bruxa ou bicho papão como um fantasma ou uma bruxa assustadora.
Brasil:
A Coca, chega no Brasil, durante a colonização, trazida como lendas e histórias, até mesmo para fazer as crianças se comportarem no navio que partiu da Europa rumo ao Brasil, com imigrantes.
Na grafia, ela muda de nome, passa a ser chamada de Cuca. A bruxa ou o bicho papão, ganha no começo da colonização um formato de dragão. Com o passar dos anos, a forma de jacaré reaparece nos contos infantis.
Monteiro Lobato:
Sua fama passa a ser conhecida devido as histórias de Monteiro Lobato. Antes do Sítio do Picapau Amarelo, Monteiro Lobato diz que a única maldade é transformar criança em pedras. No livro o Saci, do ano de 1921.
Depois em meados do ano de 1970, ele molda a Cuca, dando a ela características mais leve, sem sua maldade original e com um toque de humor quando ele escreve o Sitio do Picapau Amarelo.
Ano de 1924 – Tarsila do Amaral
A artista brasileira Tarsila do Amaral, baseada na Cuca no ano de 1924 brica com a imaginação dando lhe cores e um aspecto mais infantil seguindo seu estilo.