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Príncipe de Astúrias (O Titanic Brasileiro)

Histórias Reais & Eternos Viajantes do Naufrágio Príncipe de Astúrias


Foto: Pesquisa

O nome foi dado ao luxuosos transatlântico da frota espanhola, e era também chamado de Palácio Flutuante, dentre os ambientes: restaurantes, biblioteca, ambulatório, sala de música e outros.


Tem 150 metros de comprimento, alcançava a velocidade de 18 nós (33 km/h) e conseguia transportar 1.890 passageiros, sendo: 150 na primeira classe, 120 na segunda, 120 na segunda classe econômica e 1.500 na terceira classe.


 

04 de Março do ano de 1916:


Era sábado de Carnaval, a tripulação havia transformado o restaurante em salão de baile. Os passageiros vestidos de pierrôs, colombinas, arlequins e outros brindavam ao som da música e da alegria a bordo. Os champanhe e os confetes voavam pelos ares, o relógio, algum tempo depois marcava 4h15, alguns passageiros já tinham ido dormir ou retornado as suas cabines.


Enquanto o calor e a alegria aconteciam dentro do navio, lá fora o tempo estava ruim: chuva forte, neblina intensa e baixa visibilidade.


Quando o relógio marcou 4h15, foi muito mais do que as badaladas anunciando as horas que ecoou pelo navio... um estrondo fez o som da orquestra ser abafado.


Um relâmpago de luz iluminou a madrugada. Na cabine de comando, o capitão Josè Lotina Abrisqueta, fez a pergunta:


- É terra?


- É terra! Confirmou o segundo-piloto Rufino Onzain y Urtiaga.


Na voz do capitão, ainda se fez ouvir:


- Toda força a ré! Todo leme a boreste!


Mas, era tarde demais.


 

05 de Março do ano de 1916:


Faltava poucas horas, para o transatlântico fazer escala no Porto de Santos, mas o Principe de Asturias, colidiu antes na Ponta de Pirabura em Ilhabela, no litoral de São Paulo.


A colisão abriu um buraco de 40 metros no casco duplo, a gelada invadiu a casa das máquinas provocando pane em duas das cinco caldeiras. Em menos de 05 minutos, tripulantes e passageiros foram lançados ao mar. E o Principe de Asturias, em pouco tempo, desapareceu no oceano, adormecendo para sempre, nas águas.


Muitos não conseguiram sobreviver, na colisão muitos já estavam em suas cabines, alguns ainda acordados, outros já dormiam.


Os corpos foram sendo recolhidos em praias distantes, como Ubatuba a 40 quilômetros do local, outros foram sendo enterrados nas praias pelos caiçaras da ilha, que retiraram joias e outros pertences de valor.


A Praia da Caveira, em Ilhabela, recebe esse nome, devido aos muitos corpos ali enterrados.


Muitos passageiros e tripulantes nunca foram encontrados.


A colisão e o naufrágio foi tão rápido, que não houve tempo de transmitir S.O.S, nem de baixar os botes salva-vidas. O que foi usado, se desprendeu sozinho, e nele 60 pessoas conseguiram se salvar.


Foto: Pesquisa

 

Sobreviventes:


Alguns conseguiram sobreviver, mas muitos perderam suas famílias, por não conseguir encontra-las ou salva-las. Ângelo, tentou resgatar a mulher e os filhos, mas não teve sorte.


O tripulante Gregório Siles Peña, nadou 18 horas, agarrado a um pedaço de madeira, para chegar em terra firme.


Entre outros, tripulantes e passageiros que conseguiram de as formas mais delicadas sobreviver.


 

Muito além da História que se conta:


O Príncipe de Astúrias transportava, além de passageiros um grande carregamento de ouro, mais ou menos 11 toneladas. O ouro pertencia a à Coroa espanhola, era usado para financiar a Revolução Mexicana (1079/1919).


O ouro desapareceu, mas não havia apenas ouro, tinha também 20 estátuas de bronze, em tamanho natural, destinadas ao monumento La Carta Magna y las Cuatro Regiones Argentinas, apenas uma foi encontrada.


A única, encontrada no ano de 1990, está no jardim da Marinha, no Rio de Janeiro.


Pesquisadores afirmam que o naufrágio do Principe de Astúrias, foi planejado, para que as estatuas e ouro sumissem. Alguns afirmam que o ouro e as estatuas que nunca foram encontradas, foram retiradas do navio e estão muito bem escondidas.


 

Mergulho no descanso Eterno do Principe de Astúrias:


O navio está há 40 metros de profundidade, o local é escuro, e segundo mergulhadores que já estiveram no local várias vezes, tem épocas que grande parte do navio já ficou encoberto pela areia.


Não é recomendado descer apenas em duas pessoas, e nem mesmo para iniciantes, mesmo que tenham conhecimento do mergulho com naufrágios, já houve relatos de mergulhos experientes que se perderam no navio, mesmo com todos os equipamento corretos, e existe o risco de ficar preso mesmo estando do lado de fora, pois o local é sombrio e a areia por ser fina, qualquer movimento faz a sedimentação encobrir toda a visão.


E com a baixa visão, existem os risco que o tempo foi criando, as chapas de aço estão afiadas em algumas partes como navalhas que podem além de ferir um mergulhador, danificar equipamentos.


Os mergulhadores que relatam que já estiveram no local, estavam com uma equipe de mergulhadores experiente e bem-preparados, dos quais muitas vezes não conseguiram nem descer, tiveram que retornar outras vezes. Por isso, indicam que o grupo esteja bem-preparado, em sintonia, e a qualquer situação que alguém do grupo sentir, devem voltar para o barco, pois a cada ponto que se desce, mesmo estando ao lado do outro mergulhador, a perspectiva do que se vê é diferente. A visibilidade é baixa.


Foto: Pesquisa

 

Museu Náutico de Ilhabela & Relíquias:


Algumas peças já foram encontradas durante os mergulhos, ou peças que as água levaram para as praias entre elas um escafandro (traje de mergulho), cabeças de bonecas de porcelanas, partes do navio, colheres e outras peças, que estão em exposição no Museu Náutico de Ilhabela.



 

Viajantes Eternos:


Muitos mergulhadores, caiçaras e turistas que mergulham ou caminham na região próxima onde está o Principe de Astúrias dizem ouvir vozes, sons estranhos.


Mergulhadores relatam fatos de ouvir gritos na água, sombras que passam de relance, mesmo na baixa visibilidade.


Caiçaras e turistas, contam que já ouviram vozes gritando no vento, passos na areia que somem, do nada e vultos em varias horas do dia.


Existem com certeza, Eternos Viajantes, que adormecerem para sempre junto ao Principe de Astúrias, e estão no mar, ou até mesmo em terra.


Perguntas:

Quantos deles sabem que morreram?


Quantos sabem como morreram?


E os que sabem, quantas histórias gostariam de contar para os que chegam até eles... afinal, a região é muito mais sombria, para os que morreram, do que para nós vivos que caminhamos ou mergulhamos na região em busca de respostas reais.


Mas, ainda existem muitas verdades que levaram o navio ao fundo do oceano, bem guardada, juntos ao ouro, que nunca foi encontrado.



 

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Foto: Thais Riotto




Consegue sair da Ilha com vida?


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